Cresci e fiz as séries iniciais
na zona rural , em meio à revista “O
Cruzeiro” de quem meu pai era leitor assíduo. Aos cinco anos “apreciava” as fotos e propagandas e “testemunhei” o
suicídio do presidente Getúlio Vargas. Me fascinava ver a foto imensa do
presidente morto. Vendo por esse ângulo, parece que tudo era fácil, mas nem
sempre foi. Foi preciso comprar uma casa na cidade para que eu e meus irmãos
continuássemos os estudos e esse fato ocasionou um certo atraso na conclusão do
ginasial e científico. Essas lembranças me remeterem
aos anos sessenta quando era estudante do ginasial, hoje ensino
fundamental. Ler era o meu êxtase e foi nessa época que li “Eram os deuses
astronautas” e que me impressionou muitíssimo. Lia o que me aparecia na frente
e até “porcarias”, como eram vistos certos gibizinhos. Em razão disso minhas
redações eram ótimas e algumas delas foram publicadas no jornal da cidade
(Palmital/SP) onde morava, por indicação da professora de português que, anos
mais tarde, se tornaria colega de profissão. Já no científico, hoje ensino
médio, escrevia poesia por sugestão da professora de filosofia, que sempre
adentrava na classe portando algo: uma
rosa recém colhida, uma folha seca, um livro. Ler e escrever eram os exercícios
para a mente e continuam sendo meu maior prazer. A biblioteca da escola era o
meu oásis. Quer se eternizar? Escreva um
livro! Para finalizar este depoimento, quero citar uma frase de Sêneca: “Dar um
livro a alguém não é apenas uma gentileza, é um elogio”.
Também adorei o seu post minha querida!!!
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