
Os mortos de sobrecasaca (Poema
da obra Sentimento do mundo), de Carlos Drummond de Andrade
Havia a um canto da sala um álbum
de fotografias intoleráveis,
alto de muitos metros e velho de infinitos minutos,
em que todos se debruçavam
na alegria de zombar dos mortos de sobrecasaca.
Um verme principiou a roer as sobrecasacas indiferentes
e roeu as páginas, as dedicatórias e mesmo a poeira dos retratos.
Só não roeu o imortal soluço de vida que rebentava
que rebentava daquelas páginas.
Neste poema Drummond enaltece o “soluço de vida” que destila um simples retrato.
alto de muitos metros e velho de infinitos minutos,
em que todos se debruçavam
na alegria de zombar dos mortos de sobrecasaca.
Um verme principiou a roer as sobrecasacas indiferentes
e roeu as páginas, as dedicatórias e mesmo a poeira dos retratos.
Só não roeu o imortal soluço de vida que rebentava
que rebentava daquelas páginas.
Neste poema Drummond enaltece o “soluço de vida” que destila um simples retrato.
© Copyright 2007 - 2011 - passeiweb.com - Todos os direitos reservados.
Maria, estamos até com coragem de postar outras coisas.
ResponderExcluirBeijos